O treinamento para a Campanha da Fraternidade 2025 aconteceu hoje, 07 de dezembro de 2024, na Arquidiocese de Vitória. Em todas as seis áreas pastorais mais de 700 lideranças se reuniram com os voluntários para uma reflexão sobre “Fraternidade e Ecologia Integral”, um tema sobre o qual o Papa Francisco vem pedindo a atenção de todos. A partir de agora cada área pastoral vai se organizar para o lançamento da Campanha que será no dia 9 de março de 2025 e as ações que irão acontecer durante o ano, a partir das sugestões levantadas nos treinamentos.

Pe. Kelder Brandão, vigário para a Ação Social, Política e Ecumênica da Arquidiocese de Vitória avaliou positivamente a iniciativa, em conversa com Marcus Vieira: “Tivemos respostas positivas por parte das paróquias, os leigos e leigas abraçaram o projeto e assumiram com muita responsabilidade, com muito afeto. Então, foi um dia bastante exitoso, a formação foi ótima, muito leve, com bastante conteúdo, muita participação”.

Em Vila Velha, o treinamento foi no Santuário Divino Espírito Santo e teve início às 14h com cerca de 70 pessoas. O esquema foi repetido em todas as áreas e teve uma dinâmica bastante interessante: momento de oração – apresentação dos objetivos – trabalhos em grupo com 3 perguntas a serem respondidas – lanche – plenária.

A coordenação do treinamento explicou os motivos para iniciar o treinamento com trabalho de grupo a partir do esquema do documento (texto-base) da Campanha da Fraternidade, que segue o método Ver – Julgar e Agir, já conhecido, mas atualizado: Ver/escutar – iluminar/discernir – Agir propor.

Com relação à primeira pergunta, quais os problemas ambientais identificam na área pastoral? os grupos de Vila Velha levantaram a seguinte realidade:

• descarte;
  educação ambiental;
  População de rua e meio ambiente;
  O homem é o principal causador da criação;
  Falta de projetos ambientais;
  Coleta seletiva do lixo.

Na segunda questão, leitura Gn 1, 26- 2, 4a – e reflexões que surgem desta leitura?, as respostas foram as seguintes:

• responsabilidade do homem e da mulher dar continuidade à obra de Deus e defender a criação;
  nos questionarmos sobre como nos acomodamos à modernidade;
  usar a liberdade com consciência;
  a obra perfeita de Deus é para todos;
  egoísmo e ganância levam a práticas sem valores;
  o que Deus nos transmite com a obra criada. Somos administradores ou donos? Se sabemos que somos parte da criação, somos administradores e devemos agir com discernimento; ninguém é proprietário da obra de Deus.

Na terceira pergunta, tendo em vista os problemas identificados e a iluminação bíblica, quais ações consideramos importante realizar? os grupos trouxeram inúmeras possibilidades de ação:

intensificar campanhas de uso de descartáveis e a economia pode ajudar a comunidade;
realizar coleta seletiva e cobrar do poder publico;
educação nas escolas;
estender o tema pelo ano todo;
constituir grupos que cobrem o poder publico;
conscientização do povo;
criar projetos de descarte;
fazer parcerias com empresas;
divulgar pelas redes sociais;
assumirmos o que fazemos coma casa comum e não só cobrar;
trabalhar ecumenicamente para cobra do poder público;
envolver o clero;
rever o uso de descartáveis nas festas (Penha) – precisamos ser exemplo;
separação do lixo;
uso de sacolas retornáveis;
ter cuidados nas miudezas da vida;
rever se o que descartamos é lixo;
a iniciativa privada é tão responsável quanto o poder público;
dar valor aos coletores e catadores;
reciclagem de tampas plásticas;
fazer sabão;
reciclagem do alumínio.

Intercalando cada apresentação dos grupos, um membro da coordenação completava expondo brevemente a proposta do texto-base Ver/ouvir – Iluminar/discernir – Agir/propor

Entre as exposições destacam-se:

• A lembrança de desastres que vêm afetando a humanidade nos últimos anos e a relação dos mesmos com a falta de cuidado dos humanos no cuidado da Casa Comum.
• A riqueza de aprender com diferentes culturas.
• Após o dilúvio Deus decide fazer uma aliança com a humanidade, Deus nos quer cuidando do mundo.
• A criação é para todos, então não podemos separar o ambiente e o social. Toda a vida é interligada (sistemas naturais e sociais), por isso a crise que vivemos é ambiental e social.
• Ecologia integral não é só meio ambiente, ecologia integral é vida. E vida é para todos.
• Escutar as realidades, mas ter um olhar otimista e realista.
• Reconhecer de que modo ofendemos a criação.
• Desenvolver a criatividade para buscar soluções.

Algumas experiências foram narradas sobre coleta seletiva que já acontece em algumas famílias – relação com catadores que vem dando certo em alguns locais – energia limpa implementada em uma paróquia – coleta de tampinhas, cujo valor de arrecadação é revertido em cadeiras de rodas.

O encontro terminou com o convite para que todos se organizem e participem da Abertura da Campanha da Fraternidade que vai acontecer em 9 de março de 2025, como iniciativa arquidiocesana.

Ao final do treinamento foi apresentada e distribuída a cartilha da Campanha Paz e Pão.

Nas outras áreas pastorais o treinamento foi nos seguintes locais

• Área Pastoral de VitóriaLocal: Centro de Estudos D. João Batista, em Ponta Formosa
  8h às 12h.
• Área Benevente

Local: Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Alfredo Chaves
8h30 às 12h. Estiveram presentes cerca de 70 pessoas

Local: Paróquia São Pedro, Muquiçaba, Guarapari
13h30 às 17h30. Estiveram presentes cerca de 115 pessoas

• Área Serrana
  
  Local: Pré-Juvenato Santa Izabel, Domingos Martins
  8h às 12h.
• Área Serra/Fundão

Local: Paróquia S. José Operário, Serra
14h às  18h. Estiveram presentes cerca de 70 pessoas

• Área Cariacica/Viana
  
  Auditório do Santuário Bom Pastor, Cariacica
  14h às 18h