
No próximo dia 04 de novembro de 18h30 às 21h, a Arquidiocese de Vitória promove um encontro de lideranças com dom Joaquim Hudson de Souza Ribeiro, bispo auxiliar de Manaus para conversar sobre Ecologia Integral e a COP30, temas interconectados pelo grande tema que são as mudanças climáticas e a necessidade de cuidar do planeta, que o Papa Francisco chamou de Casa Comum.
Dom Hudson vai abordar o assunto sobre a Ecologia Integral no Magistério do Papa Francisco. O que a Igreja propõe e espera da COP-30 e também apresentará algumas iniciativas concretas em outras dioceses.
Dom Joaquim Hudson de Souza Ribeiro, é bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus – Diretor Geral da Faculdade Católica do Amazonas – Psicólogo, Doutor em Ciências (USP), Pós-Doutorado em Psicologia (Universidade do Porto) – Pesquisador em ciências da saúde da Universidade do Estado do Amazonas. e Membro Pesquisador da Comissão Pontifícia para a Tutela de Menores e Adultos Vulneráveis (Roma-IT).
O evento é aberto ao público.
04 de novembro de 2025
Colégio Agostiniano – Rua Thiers Velloso, 125 – Parque Moscoso – Centro, Vitória
Sobre a COP30
A COP30 é a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática e, este ano, acontece no Brasil, em Belém do Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro. Até ao momento 162 países confirmaram presença no evento.
A COP reúne “líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais, representantes da sociedade civil, de governos, do setor privado, e de organizações internacionais para discutir ações para combater a mudança climática” (definição da Conferência), desde 1995 e reúne-se uma vez por ano. Diante da velocidade do Aquecimento Global, espera-se compromissos mais expressivos das nações participantes.
Desde a primeira COP outro evento é realizado paralelamente, A Cúpula dos Povos, que acontece entre os dias 11 e 16 de novembro. A Cúpula dos povos teve início em 1992 durante a Rio-92 (Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento) e passou a ser realizada sempre durante as COPs com o objetivo de incluir as diversas organizações sociais no debate sobre Aquecimento Global. A Cúpula pretende para este ano “ampliar as vozes dos povos tradicionais e promover uma mobilização autônoma e transformadora”.
No campo religioso a Cúpula dos Povos conta com participações ecumênicas, entre elas a CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que publicou as informações abaixo no site cnbb.org.br
De 11 a 16 de novembro de 2025, a cidade de Belém (PA) sediará o Tapiri Ecumênico e Inter-religioso na Cúpula dos povos, um grande encontro que reunirá lideranças de diversas tradições religiosas, povos indígenas, comunidades quilombolas, tradicionais de terreiro, movimentos sociais e juventudes de todo o Brasil e do mundo. O evento, que acontecerá na Catedral Anglicana de Santa Maria, será um espaço de diálogo, formação de alianças e elaboração de propostas para influenciar as discussões da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).
Organizado por um coletivo de entidades ecumênicas, inter-religiosas e de defesa de direitos, o Tapiri é uma iniciativa itinerante que já percorreu, desde 2022, 9 estados da Amazônia Legal. A edição 2025 amplia o escopo para uma perspectiva global, trazendo vozes internacionais do Canadá, Austrália e outros países da América Latina para dialogar com as realidades brasileiras, tendo como pano de fundo a COP30 e suas implicações para um futuro menos desigual e ambientalmente sustentável para todas as pessoas e ecossistemas.
TAPIRI é uma palavra indígena, que significa ‘’ palhoça onde se abrigam caminheiros/as’’. O grupo de articulação ecumênica e inter-religiosa Tapiri tem denunciado, nos últimos anos, os impactos dos fundamentalismos e do racismo religioso na vida dos povos tradicionais. Por meio de reflexões e ações concretas, o Tapiri busca construir redes de resistência e cuidado.
Programação Estruturada em Eixos de Luta
A programação de seis dias está organizada em torno de quatro eixos centrais da Cúpula dos Povos: (1) Terra, Território e Soberania; (2) Justiça Climática, Democracia e Direitos; (3) Enfrentamento ao Racismo Religioso e Ambiental; (4) Protagonismo de juventudes, crianças, adolescentes, mulheres e diversidades LGBTQIAPN+. As atividades incluem mesas de debate, rodas de diálogo, intervenções culturais, lançamento de publicações; uma simbólica barqueata pelo Rio Guamá, vigília; celebrações e uma marcha.
Destaques da Programação
11/11 (Terça-feira): O evento inicia com o Seminário do PAD (Processo de Articulação e Diálogo), discutindo o panorama e as estratégias da cooperação internacional. Paralelamente, o Projeto Curupira (IEAB) promove a roda “Vozes da Terra”, com troca de saberes indígenas sobre clima e sustentabilidade entre povos do Brasil, América Latina, e Oceania.
12/11 (Quarta-feira): Mística inter-religiosa e a leitura de uma declaração conjunta. Duas mesas centrais debaterão “Diálogos Inter-religiosos para Enfrentar o Racismo Ambiental violações de Direitos e Fortalecer a Participação Popular” e “Justiça Climática, Democracia e Direito à Vida: Diálogos Inter-religiosos por Justiça ambiental“, com presenças confirmadas, Dom Vicente Ferreira, Moema Miranda (Igreja e Mineração) e o Procurador Felício Pontes. A tarde será marcada por uma Barqueata pelos rios da região, culminando com a abertura simbólica da Cúpula dos Povos.
13/11 (Quinta-feira): O dia é dedicado às lutas pela terra e à soberania, com a mesa “Água, Terra e Soberania: Como Grandes Projetos Ameaçam Povos Indígenas e Tradicionais – Resistência, Agroecologia e Reparação na Amazônia, América Latina e Oceania“. À tarde, o foco será o racismo religioso e a luta quilombola na mesa “Terra, Axé e Resistência: Racismo Religioso e Ambiental, Megaprojetos e a Luta por Soberania nos Terreiros e Territórios Quilombolas do Brasil“, com a participação de Mãe Nalva, Mameto Nangetu e lideranças quilombolas do MA e TO. O dia termina com uma Caminhada e Vigília do TAPIRI pela Terra, organizada pelo ISER.
14/11 (Sexta-feira): A manhã coloca no centro as vozes das juventudes, mulheres e população LGBTQIAPN+ na luta por justiça climática. À tarde, a mesa “Justiça Climática e Direitos na Amazônia: Como Organizações Podem contribuir para Enfrentar Violações, Racismo Ambiental e Garantir Participação Popular?” discutirá como organizações podem contribuir para enfrentar violações.
15/11 (Sábado): O último dia terá início com a Marcha da Cúpula dos Povos com concentração a partir das 8.30h. A tarde, retomamos as atividades do Tapiri com.a Mesa sobre “Fé, Justiça Climática e Democracia: Caminhos Ecumênicos para Enfrentar o Racismo Ambiental e Garantir Direitos”, mediado por Maíra Fernandes (URI), e contará com a leitura final do documento do Tapiri, que consolidará as demandas e propostas do encontro para a COP30.
O dia será encerrado com um coquetel de lançamentos de publicações de entidades participantes.
16/11 (Domingo): O encerramento será uma Celebração Inter-religiosa na Catedral Anglicana, conduzida pela Bispa Marinez Bassotto, primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, e pelo Rev. Ives Vergara, simbolizando a união das diferentes fés em prol de um objetivo comum.