Dom Ângelo Mezzari, arcebispo de Vitória Est[a em viagem, visitando sua mãe. Ao saber da morte do Papa Francisco, o Arcebispo enviou uma mensagem
A todo o saúdo na paz de nosso Senhor Jesus Cristo. Nesta manhã fomos surpreendidos com a triste notícia da morte do nosso amado Papa Francisco. Um momento de dor, de sofrimento, de perda, de luto para toda a Igreja Católica e para a humanidade.
O Papa Francisco, nos últimos meses, nos deu um exemplo tão grande e tão bonito de como viver a doença e a enfermidade sem perder a esperança e a paz. Foi um sinal de que mesmo na dor e no sofrimento, na enfermidade, se pode viver a fé. Tudo oferecido pelo amor de nosso Senhor.
Nós, de nossa Arquidiocese de Vitória, juntamente com nosso Bispo Auxiliar Dom Anderson, nosso Arcebispo Emérito Dom Dario, queremos expressar nossa unidade e nossa comunhão, neste momento, pela morte do Papa Francisco. Uma morte que nos comove, mas que também nos leva a agradecer. Nesse sentido, antes de tudo, quero convidar a todos a rezarmos.
Esse é o momento que a Igreja, quase no silêncio, nessa sede vacante da Igreja Católica, na espera da eleição de um novo Papa, que vivamos como um tempo de oração, um tempo de súplica ao Divino Espírito Santo, um tempo de luz e discernimento. Pois é o Espírito que conduz a Igreja, a Igreja de Jesus Cristo, e nós confiamos e acreditamos que o Espírito continua conduzindo a sua Igreja. Por isso, vos convido a rezar.
Paróquias, comunidades, pastorais, grupos, movimentos, associações, enfim, tudo aquilo que nos pertence e faz parte da nossa vida, da fé e de comunidade, que seja um sinal permanente e constante de oração. Gratidão ao Papa Francisco. Ele foi, entre nós, nesses 12 anos de pontificado, um sinal do amor de Deus, da sua misericórdia e compaixão.
Aliás, essa experiência da misericórdia, do amor, foi muito forte no Papa Francisco, uma igreja que sai ao encontro da humanidade que sofre. Agradecer também pelos grandes sinais que realizou entre nós, sendo uma voz profética, hoje, no meio de nós e da humanidade, por exemplo, a luta pela paz, o entendimento entre os povos, o cuidado da criação, também sinal da nossa campanha da fraternidade, da ecologia integral, Deus viu que tudo era muito bom. Um Papa que pediu mais harmonia, mais entendimento entre outros povos, mais respeito.
Um Papa, também, que pediu o cuidado com os migrantes, os sofredores, enfim, olhou com amor e viveu com amor, servindo a humanidade para que ela possa viver mais em paz. Ao mesmo tempo, nos unindo em oração, vamos permanecer em oração.
Nesse tempo que também prepara o seu funeral, depois o conclave, quando o colégio dos cardeais se reúne para discernir o caminho da Igreja, refletir sobre ela e eleger o novo Papa. Enfim, a Igreja católica, nesse momento, e nós também de nossa Arquidiocese, queremos viver esse tempo de profunda oração, de profunda prece, gratidão ao Papa Francisco e olhando para a frente. O Papa Francisco nos deixou o jubileu da esperança. Eu creio que esse é o caminho que todos vamos seguir agora. Ele foi um sinal de esperança entre nós. Nós agora queremos ser sinais de esperança.
Por isso, a Igreja católica, que é de Jesus Cristo, continua o seu caminho no meio do mundo. É a barca de Pedro, a barca de Cristo. Por isso, vamos caminhando com muita fé, muito amor, muita esperança, enchendo o nosso coração e sabendo que a Igreja é conduzida pelo próprio Senhor.
Por isso, unidos na oração, vivamos a comunhão e continuemos nossa missão de anunciar Jesus Cristo, seu evangelho, em comunhão. Na comunhão, na participação, em vista da missão, caminhando juntos no caminho sinodal, vamos viver esse tempo também, após a morte do Papa Francisco, o seu sepultamento e a eleição do novo Papa. É um tempo, então, de silêncio, de oração, de gratidão e de prece.
A todos o meu abraço.